GIRLSPT.COM - Cursores Animados

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Defesa quer anular júri que condenou réu pela morte de servidores da UFMT

Empresário é acusado de mandar matar os três servidores da Universidade.
Defesa quer que processo seja transferido de Rondonópolis para Cuiabá.

Ericksen Vital Do G1 MT
Comente agora
A pró-reitora e os dois servidores foram assassinados a tiros no dia 27 de novembro de 2007. (Foto: Reprodução/TVCA)Pró-reitora e os dois servidores foram assassinados a tiros em novembro de 2007 (Foto: Reprodução/TVCA)
A defesa do empresário Jorge Luiz Tabory quer anular o Tribunal do Júri que condenou o acusado a 51 anos de prisão pelo triplo homicídio dos três servidores da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), em Rondonópolis, a 210 km de Cuiabá. O advogado Elson Rezende de Oliveira disse ao G1 que também vai pedir para que o processo seja remetido para a Justiça Federal em Cuiabá.
Rezende comentou que a população de Rondonópolis foi "contaminada" pelas informações divulgadas nos últimos quatro anos. Deste modo, de acordo com o advogado, os jurados da cidade não poderiam fazer uma análise do caso sem possíveis influências externas. Por isso, ele vai pedir a transferência do processo e do julgamento para a capital.

Em novembro, o júri condenou o empresário por ter sido supostamente o mandante do assassinato dos servidores, porém, a juíza Tânia Zucchi de Moraes permitiu que ele recorresse em liberdade. No entanto, dias após o julgamento, o desembargador do Tribunal Regional Federal (TRF), em Brasília, Cândido Ribeiro, determinou novamente a prisão do acusado a pedido do Ministério Público Federal (MPF). Em seguida, Tabory foi solto no dia 1º de dezembro por decisão liminar do Supremo Tribunal Federal (STF).
Caso
Os assassinatos dos servidores da UFMT ocorreram na noite do dia 27 de novembro de 2007, em Rondonópolis. A pró-reitora Soraiha Miranda de Lima, de 41 anos, o professor de zootecnia Alessandro Fraga, de 33 anos, e o prefeito do campus, Luiz Mauro Pires Russo, de 44 anos, foram mortos quando chegavam na casa da pró-reitora.
A denúncia do MPF apontou que Jorge Tabory prometeu R$ 3 mil ao amigo dele, o lavador de carros Jaeder Silveira dos Santos, para matar os servidores. O objetivo do crime seria manter o contrato irregular da empresa de lavagem de carros com a UFMT. No Tribunal do Júri, Jaeder disse que planejou o crime sozinho, porém a tese não convenceu os jurados.
O lavador de carros é réu confesso e já havia sido condenado pela Justiça em dezembro de 2008 a mais de 29 anos de prisão. A motivação do crime, segundo as investigações da Polícia Federal, seria a tentativa de suspensão do contrato do lava-jato pela pró-reitora.
 

Nenhum comentário:

Postar um comentário